o meu país é um pássaro
que nunca mais cantou
um ramo de outono
aprisionado pela chuva
sobressaltou-se
o meu país caiu no lodo
quando cheguei
tinham roubado
uma árvore como a de Buda
disse para mim: ladrões
e de repente vi
ruas sem árvores
escolas sem estrelas
girassóis pisados pelos lobos
crianças vertiginosas e belas
sentadas em cálices de pedra.
às vezes ouço
uma harpa ou um sino
talvez um violino
há um cântico em segredo
nas folhas do vento
um anel feito de trevo
lá chegaremos
maat
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