Bailarina: ó transposição
em marcha de todo o transitório: como tu a ofertavas!
E o turbilhão no fim, esta árvore de movimento,
não tomava ele posse plena do ano conquistado?
Não floria, para que o teu vibrar de há pouco como enxame o envolvesse,
de repente o seu cume de silêncio?
E sobre ele, não era sol, não era verão,
o calor, este calor inúmero que de ti saia?
Mas também dava fruto, sim, a árvore do êxtase.
Não são seus frutos tranquilos: o jarro,
listrado de maturidade, e o vaso ainda mais maduro?
E nos retratos: não ficou o
desenho que o traço escuro das tuas sobrancelhas
inscreveu na parede do próprio girar?
Raine Maria Rilke as elegias a duino e sonetos a orfeu
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