Monday, March 12, 2007

FRAGÂNCIAS...



Não te sintas só

mesmo na aparente ausência


Por mistério ascendem

das nossas almas inquietas

brancas silhuetas ecos perdidos

pulsantes como um coração cósmico

retido muito tempo no Olvido


Há cruzamentos já nós a atarem-se

um tumulto imenso de ascensão


Sobre nós só Força

a repuxar a alma e os sentidos


Não te sintas só

que eu nunca largo

os portos bem amados da minha alma


Se ao menos hoje

eu pudesse deixar-te

o meu antigo vaso de fragrâncias

para que a hora te não doesse tanto


MARIANA INVERNO

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