MARIA JANEA TEIXEIRA...
A LUA NOS MEUS BRAÇOS
Tenho a alma repleta
De ternura sem dono.
Dá-me tua presença azul
E vem comigo sem medo
Percorrer a estrada do amor.
Vem embalar a lua
Nos meus braços nus,
Espiar a face das estrelas
Nos lagos noturnos
Formados nos meus olhos.
Tenho o coração transbordando
De ternura vadia.
Dá-me tua mão,
Caminhemos lado a lado,
Para que nossos passos
Risquem trilhas paralelas.
Vem comigo
Colher as rosas vermelhas
Que perfumam as estradas.
Amor, fecha-me os olhos
Em teus doces lábios.
Não me deixes pensar
Que além se oculta
A encruzilhada do nunca mais.
FILHA DA NOITE
Eu era filha da noite
E as trevas moravam em meus olhos.
Mas tu, meu amor, com tua luz,
Rasgaste a cortina que escurecia minha vida
E me mostraste o nascer de um novo dia.
Eu era uma nave sem bússola,
Tinha os braços cansados
De girar o mesmo leme
Nos mares sempre iguais.
Mas tu, ó meu amor,
Desenhaste uma estrada de luz
E eu vi ao longe o porto seguro.
Eu tinha os olhos tão vazios
De outros olhos,
Todas as solidões moravam
Dentro do meu peito.
Mas tu, com tua chama,
Acendeu uma alma
Em meu rosto feito de ausências.
Hoje existo porque me vejo
Dentro da luz dos teus olhos,
E esta que sou, só sou,
Inteira, límpida e nua,
Porque tu a fizeste.
E o caminho que sigo agora
É a trilha dos passos
Que deixaste lá fora.
NEM ME LEMBRO MAIS
Tenho as mãos repletas de ternura
Tão ansiosas pra te amar
Tenho os braços vazios
Tão sedentos pra te abraçar
Você não saberá jamais
O quanto tenho esperado por ti
O quanto tenho sonhado em ti
Por um segundo ou uma vida inteira
Nem me lembro mais
Tenho a alma repleta de ternura
Tão louca pra te encontrar
Tenho a boca assim sedenta
Tão ansiosa pra te beijar
Você não saberá jamais
O valor do bem que eu te tive
Todo um século, todo um momento
Um tempo maior do que uma rosa vive
Nem me lembro mais
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