O meu gato...
o gato enroscou-se ao sol
na soleira da porta
como um deus que dorme
indiferente
ao mundo
e ao sofrimento dos homens:
um deus
que se renova
a cada som inexistente
mais tarde o vento
passeando pelo gato
(ou deus )
que se espreguiça ao sol
trouxe-me sem eu saber
uma folha verde
que foi nascer no chão
nasceu
como o que agora escrevo
que sempre esteve lá
sendo inexistente
talvez para mostrar
que deus e o gato
estão em toda a parte
e que toda o Poema é quedasophia de carvalho
(heterónimo de maat)
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