Sunday, May 01, 2005

À MINHA MÃE...

TERRA SEM MÃE...

Infinita nostalgia
A de teus braços.
Ombros vergados
pela memória
de me teres ao colo.

Mãe de mãos esguias
tua filha espera.
Vem junto a mim
para que te conte
como o medo é certo.

Imaculada, branca dor
a de te sentir tão viva
o tempo já sabe a mágoa
quando te digo, volta,
e tudo se desmorona.

No colo o filho
conta-me histórias
de como a dádiva
o adormecia
na tua voz.

Choro, porque agora é tarde
E nem sei onde estás
Nesse céu tão vasto
Sem lugar para mim.


In TERRA SEM MÃE
ANA MARQUES GASTÃO

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